De volta a vida…

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O retorno das férias não foi uma tarefa fácil. Logo na manhã de sábado já tive uma aula “tensa” de Finanças Corporativas. Senti que estava muito mais lerdo para aprender que o normal. Alias, acho que o professor também notou porque chamou-me de lerdo todas as vezes que eu não entendia a matéria e pedia para ele voltar a explicação. XD

Apesar disso tenho a impressão de ter voltado um pouco mais esperto para a vida cotidiana depois da viagem. Tenho uma teoria (baseado em sei lá o que) de que o cérebro, assim como os músculos, também pode ser exercitado e ganhar um melhor desempenho. Acho que o melhor exercício seja fazer coisas diferentes, seja o que for. Acredito que essa seja a forma do corpo fazer com que o cérebro faça novos arranjos nas conexões dos neurônios. Quanto mais arranjos neurais o cérebro conhece, maior o número de possibilidades de atividade cerebrais e assim maior a variedade de pensamentos. Tendo mais variedade de pensamentos, mais chance do cérebro tem de encontrar um pensando ideal para resolver os problemas cotidianos. Logo, quanto mais conexões, mais inteligente. Teoria besta e sem fundamento.

Já começo a sentir falta da viagem. Isso prova o que Platão dizia sobre amor. Para Platão, amor é desejo(eros). A principal coisa para se poder desejar algo é não ter. Por exemplo:

  1. Eu amo um Porsche
  2. Eu não tenho um Porsche
  3. Eu desejo um Porsche
  4. Se eu comprar um Porsche, eu não o desejo mais
  5. Logo não o amo mais.

É uma definição um pouco cruel mas que acho que reflete a realidade! Quando eu estava de férias, desejava estar aqui. Aqui que estou aqui, desejo estar de férias! É uma coisa muito chata isso de nunca estar satisfeito.

Apesar disso, existe um lado bom de nunca estar satisfeito. Animais satisfeitos tendem a acomodar-se, dormir. Acho que as mulheres conseguem se lembrar de uma situação em que elas veem um animal satisfeito pegando no sono! Satisfeito e acomodado, os animais já não fazem mais quase nada! Param de sair de sua zona de conforto, ou seja, deixam de exercitar o cérebro e começa o seu declínio da inteligencia. Já o animal insatisfeito sempre busca algo novo… talvez essa noção de insatisfação que separe os humanos de outros animais.

Essa é uma das lições da viagem.

Aprender a lidar a permanente sensação de insatisfação. Entender e valorizar a sua importância.

 

Abraço a todos

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